terça-feira, 11 de maio de 2010

Pilhas Electroquímicas à Prova na Mostra do Ensino Superior, Secundário e Profissional

Este projecto, cujo desenvolvimento foi exposto ao longo do ano lectivo neste blog, esteve presente na Mostra do Ensino Superior, Secundário e Profissional de Almada 2010, através da exposição de um cartaz com o título de “Pilhas Electroquímicas”, elaborado pelo mesmo grupo de trabalho responsável pelo blog.
Esta mostra realizou-se de dia 5 a 8 de Maio em três espaços próximos entre si: Fórum Municipal Romeu Correia, Oficina da Cultura (onde esteve presente o nosso cartaz) e na Praça da Liberdade. É uma iniciativa que se apresenta “como um espaço de conhecimento, de oportunidades, de partilha de experiências e de aproximação dos cidadãos às Escola do Concelho de Almada” (António Matos, o Vereador dos Serviços Municipais de Acção Sociocultural, Desporto, Turismo e Informação in programa da Mostra de Ensino 2010).


Cartaz do projecto


Cartaz exposto na Mostra de Ensino 2010

Comparação sobre as Pilhas Electroquímicas Realizadas

          Para a comparação das diferentes Pilhas Electroquímicas ser mais fácil, foi elaborada uma tabela com os valores médios da corrente eléctrica produzida por estas, nas três unidades estudadas: diferença de potencial, intensidade e resistência. As duas primeiras unidades foram medidas directamente, com recurso aos medidores adequados (voltímetro e amperímetro), e a terceira foi calculada a partir da fórmula U = R I .



        Através da tabela comparativa, podemos comparar os valores obtidos para a corrente eléctrica de todas as pilhas elaboradas e tirar conclusões sobre estas. Pode-se ainda estabelecer as seguintes relações:






               
Em relação à diferença de potencial a pilha electroquímica que alcançou os valores mais baixos foi a Pilha de Concentração (0,05 V), quer a que tem por reagente as soluções de Magnésio quer a que tem por reagente as soluções de Cobre. Os baixos valores de diferença de potencial significam que existe uma pequena força impulsionadora para movimentar os electrões, o que é explicado pela pequena diferença dos potenciais de redução nas duas soluções, já que estas são da mesma substância (os eléctrodos são iguais e os electrólitos apenas diferem na concentração). Já a diferença de potencial mais alta foi atingida pela Pilha Electroquímica de Limão (2,34 V), o que é justificável pela acidez do limão, que favorece as reacções de redox. Esta pilha parecia que produzia uma corrente eléctrica capaz de acender uma lâmpada de 1,5 V, o que não se verificou experimentalmente devido à sua baixa intensidade e alta resistência eléctrica.
A intensidade de corrente avalia a quantidade de carga eléctrica que passa por unidade de tempo no sistema eléctrico, pelo que esta unidade é fundamental para ser possível ligar pequenos aparelhos, como lâmpadas de 1,5 V. A intensidade é condicionada pela resistência do sistema eléctrico, que é a capacidade do corpo se opor à passagem da corrente. Assim, a resistência e a intensidade são grandezas inversamente proporcionais.
A pilha que alcançou a menor intensidade de corrente e a maior resistência foi também a Pilha de Concentração, pelas mesmas razões que teve uma baixa diferença de potencial. Já a pilha electroquímica que alcançou a maior Intensidade foi a Pilha de Daniell, uma vez que a resistência eléctrica foi também muito baixa. Por sua vez, este valor é justificável pelo elevado rendimento dos materiais utilizados.
Com esta tabela comparativa, pode-se observar que a pilha electroquímica de banana produziu uma corrente eléctrica com valores menores de diferença de potencial e de intensidade, o que é devido à banana ser um fruto com menor quantidade de água, facilitadora do movimento dos electrões, e menos ácido.
Respondendo ao problema a investigar, colocado aquando da planificação geral do projecto, (“Qual das pilhas electroquímicas de fácil construção é mais eficiente, tendo em conta a produção de energia eléctrica?”) podemos concluir que a resposta poderá ser a pilha de Daniell adaptada aos princípios da pilha de Temperatura, cátodo de cobre aquecido a 50ºC. Esta permitiu obter resultados dentro dos valores previstos para todas as unidades estudadas, obtendo resultados dos mais altos para, o que não permite acender uma lâmpada de 1,5 V.